quinta-feira, 19 de junho de 2008

Poesia em verso.

Só nos resta aproveitar essa Vida, pois a Vida nada mais é do que um momento que se prolonga eternamente. Um breve flash da câmera de todos os tempos, uma fração de eternidade que não dura tanto quanto pouco e um pouco mais do que um instante. Tudo quanto sabemos dessa Vida é que um dia ela começa e no outro ela acaba, só nos cabendo a simples tarefa difícil de fazer as escolhas certas e aproveitá-la como se não durasse tanto quanto uma Vida. Um tempo de meia-Vida não existe, pois não existe Vida pela metade. Assim como não existe Vida por completo. A existência axiomática da Vida não se explica com palavras. Meras representações gráficas e fonéticas de um ente deveras rocambolesco e paradoxal. Gerações de loucos, poetas e filósofos gastaram suas Vidas para tentar explicá-las, sem contudo chegar perto da indefinível definição mais do que intuitiva de Vida. Tantos tentaram sem nem ao menos contemplar aquilo que contemplavam. Vidas inteiras gastas em favor da Vida. Não há sentido em explorar a imensurável grandiosidade desse nada que se mostra com as mais diversas faces, cada qual ao mesmo tempo óbvia e complicada. Verdade relativamente absoluta, ou absolutamente relativa, entenda como desejar. Pudera eu conseguir estar diante dessa verdade improclamável de que a Vida é o que é. Todos sabemos o que é a vida, no entanto não conseguimos sequer encontrar nas mais diversas figuras elementos para retratá-la. Confesso que sei o que é a Vida, porém procuro e não faço por encontrar os meios de te fazer saber. Mas posso te dizer pra que serve essa entidade metamórfica eternamente efêmera. A Vida, meu querido, é para ser vivida.